sábado, 22 de novembro de 2014

Aprendendo a dar adeus ao azar

Aprendendo a dar adeus ao azar

Universal de Singapura ajuda a combater os vícios em jogos e une famílias

Nem todas as rígidas leis do governo de Singapura são capazes de livrar a população de um de seus maiores problemas: o vício em jogos de azar. A cidade-estado é conhecida pela limpeza impecável, pelo planejamento eficiente e pelas duras punições mesmo aos menores crimes (pichação, por exemplo, pode ser punida com chibatadas). Embora seus cidadãos estejam acostumados a seguir regras, é comum ver alguns se perdendo no vício.


Quem explica a situação é o responsável pela Universal em Singapura, pastor Alexandre Coelho, que está no país há aproximadamente um ano. “Há um trabalho da Universal de libertação e acompanhamento aos viciados”, conta.
A governanta Gabarda Dagami, aos 50 anos, pode respirar aliviada por ser uma das pessoas que tiveram forças para dominar a dependência de jogos. “Desde a juventude, me envolvi em más companhias e enveredei em vários vícios, como jogos de azar e álcool”, relata. “Não podia ter dinheiro nas mãos que queria usar em apostas e festas. Perdi dinheiro, tempo e o respeito de meus filhos”, relata.
Apesar de muitas tentativas frustradas anteriores, Gabarda só conseguiu restabelecer o controle sobre suas ações quando conheceu a Universal. Lá foi orientada e sua mudança de comportamento lhe rendeu uma vida sem perdas.

“Aprendi a usar a minha fé para me libertar do vício que me aprisionava. Desde então, comecei a reconstruir a minha vida. Comecei a me dedicar de verdade ao meu trabalho e à família. Hoje estou transformada em uma nova pessoa e reconquistei o amor dos meus filhos”, afirma.
Segundo o pastor Alexandre, a boa receptividade que a Universal recebe por parte da população colabora com a eficácia do trabalho evangelístico.
“Embora em Singapura haja grande diversidade de religiões, as pessoas desconhecem o causador dos problemas, que é o mal. Mas estamos aqui para alertá-las”, argumenta o pastor.Apesar de abrigar apenas 5 milhões de habitantes, o país recebe imigrantes de todo o mundo, especialmente da Ásia. Chineses, malaios, indianos e muitos outros vão ao país em busca de trabalho e melhores condições de vida.
Mesmo com tantas culturas diferentes, o pastor Alexandre acredita que as mensagens de fé da igreja ganham espaço nos corações dos habitantes porque “a Universal não tem a intenção de convencer, mas sim de demonstrar o poder de Deus”, conclui.







Aos finais de semana, a rotina de muitas mães é a mesma; visitar o filho internado na Fundação Casa. Certamente, não foi o que elas planejaram para o futuro deles, mas muitas vezes, estar ali é o sinal de uma nova chance. Quantas mães, que perderam os filhos para o tráfico e a criminalidade, queriam ter a oportunidade de poder vê-los com vida, mesmo sendo atrás das grades.
Para alguns, a visita é um ponto de contato com o mundo lá fora, distante dos muros da construção antiga da Fundação. Para outros, revê-los é aumentar a dor da ferida que continua aberta. E isso é visto em cada olhar, no coração apertado de uma mãe que não sabe quando vai poder cobrir o filho novamente na cama quentinha... Esse foi o desabafo de uma mãe que prefere não se identificar; “Eu peço para não fecharem o portão, porque ele ainda não chegou ... aí, eu lembro que ele não tá mais com a gente”. Outra mãe não esconde a dor em dizer que os cuidados que oferecia ao filho na infância eram bem diferentes dos que ele recebe hoje internado – “tava com febre dava um remedinho, quando se machucava, ganhava um beijo e tudo passava ... E agora, quem cuida dele?”
Na maioria dos casos, essas mães não têm culpa de ter os filhos internados. Eles, influenciados por outras pessoas, trilharam o caminho sombrio do crime, mas são elas que pagam o preço, diga-se de passagem, alto demais.
Na longa fila de mães, uma gestante que concorda com a revista policial –procedimento feito aos visitantes para constatar se não trazem objetos proibidos aos presos - mas se sente humilhada ao ser expor com outras mães.
Para uma parte da sociedade, esses menores infratores não têm mais jeito.


E é na contramão que o grupo de Evangelização da Igreja Universal do Reino de Deus aposta na recuperação desses adolescentes. Os voluntários abrem mão do descanso do final de semana para confortar essas famílias. “Passeio” esse que não tem preço e já faz parte da rotina.
No último sábado, além de oferecer roupas e calçados às famílias, o grupo distribuiu marmitex com feijoada na saída das visitas. Motivo de grande alegria, já que o almoço é incerto em algumas dessas casas. Para o pastor Geraldo Vilhena, responsável pelo trabalho de Evangelização na Fundação Casa de São Paulo e os voluntários da IURD, nada mais gratificante do que estar na própria folga ajudando esses lares que não sabem o que é ter paz há muito tempo.



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